As Polícias Militar (PM) e Civil de Bauru pedem que pais e responsáveis por crianças e adolescentes não compartilhem publicações relacionadas a ameaças de ataques em escolas, a fim de evitar gerar pânico. Em contrapartida, eles solicitam que as informações sejam imediatamente repassadas às autoridades de segurança para serem aplicadas as providências necessárias (leia mais recomendações no quadro no final).
Além da onda de ameaças de ataques após dois atentados com mortes no Brasil, este alerta se intensifica com a aproximação do dia 20 de abril, data que tem sido usada em avisos de atos violentos, publicados nas redes sociais, em referência ao nascimento de Adolf Hitler e ao massacre escolar registrado em Columbine, nos Estados Unidos, em 1999. Na ocasião, dois alunos do colégio alvo do crime mataram 12 estudantes e um professor.
Segundo o tenente-coronel Paulo Cesar Valentim, comandante do 4.º Batalhão de Polícia Militar do Interior (4.º BPM-I) de Bauru, e o delegado titular da Delegacia Seccional de Polícia de Bauru, Luciano de Barros Faro, um dos caminhos para evitar a propagação de medo e pânico entre os integrantes da comunidade escolar é justamente a colaboração entre a população e as autoridades policiais.
“Só entre 27 de março e 12 de abril, tivemos 1,9 mil registros de viaturas estacionadas na frente de escolas públicas e particulares de Bauru e região. Essas equipes têm como objetivo realizar o trabalho preventivo. Ou seja, a PM está empenhada em manter a segurança nas escolas, estar ainda mais presente nas escolas, mas também precisamos da colaboração da população. Pais, não compartilhem ameaças de ataques em grupos ou nas redes sociais sem saber a procedência. Mandem para nós, que vamos imediatamente tomar as providências”, afirma Paulo Cesar Valentim.
Além disso, vale ressaltar que as postagens nocivas podem ser denunciadas às próprias redes sociais, para que sejam banidas. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou que empresas de tecnologia e plataformas poderão ser responsabilizadas pela falta de monitoramento e bloqueio de mensagens e perfis que incitem ataques em escolas.
“Nós estamos apurando todas as denúncias que chegam para nós e, até o momento, em nenhuma delas encontramos elementos que indicassem que aquela ameaça de ataque se concretizaria. Estamos atuando com empenho para identificar os autores e responsabilizá-los. Qualquer denúncia é levada a sério e tratada com rigor”, garante o delegado Seccional, Luciano de Barros Faro, acompanhado da delegada assistente da Seccional, Priscila Bianchini de Assunção Alferes.
DENÚNCIAS
As autoridades orientam que as pessoas, caso se sintam em situação de perigo ou recebam informações relacionadas a ameaças de ataques em escolas, imediatamente acionem a Polícia Militar por meio do 190; por meio da aba ‘Fale conosco’, no site oficial da corporação (http://policiamilitar.sp.gov.br); ou pelo aplicativo ‘190 SP’, disponível para download em celulares com sistema operacional Android ou iOS. (Jcnet)