A mulher grávida resgatada pela Polícia Civil de Tupã (SP) após ser mantida em cárcere privado durante meses pelo ex-companheiro iniciou a viagem de retorno para a casa, em Aracaju (SE), nesta quarta-feira (12). O caso foi registrado no dia 4 de julho.
Segundo a Prefeitura de Tupã, a vítima, de 19 anos, foi amparada pelos órgãos ligados à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, que custearam as passagens de retorno à cidade natal.
Ainda segundo a administração municipal, a gestante é esperada pela avó e por uma tia na capital sergipana. A chegada está prevista para sábado (15) à noite.
No dia do resgate, junto à vítima, três crianças também foram encontradas no local. Duas delas foram enviadas ao pai biológico e a terceira foi acolhida em uma instituição em Tupã.
Relembre o caso
Uma grávida foi resgatada por policiais após ser mantida em cárcere privado durante meses, em Tupã. Segundo a Polícia Civil, a equipe se deslocou ao local após denúncias.
Quando chegaram à casa, questionaram a mulher, que confirmou sofrer agressões físicas e emocionais, ameaças, além de ser proibida de sair de casa pelo companheiro e pela dona do imóvel onde estava.
Segundo a vítima, o marido conheceu a dona da casa pelas redes sociais e veio de Sergipe para encontrá-la pessoalmente e, logo depois, a trouxe para morar com eles na mesma casa em Tupã.
A mulher ainda alegou que na casa haviam câmeras de segurança para vigiá-la enquanto o marido e a dona da casa não estavam na residência.
Além da vítima mantida em cárcere privado, também estavam no local três crianças de um, nove e 10 anos, – todas filhos da dona da casa.
As crianças mais velhas relataram aos policiais que eram agredidas com socos e pedaços de pau. A mais velha, uma menina de 10 anos, disse ainda que, na noite anterior, dormiu na mesma cama que o homem e, ao acordar no meio da noite, sentiu que ele a tocava.
As crianças foram encaminhadas para o Conselho Tutelar e o casal suspeito foi preso em flagrante pelos crimes de cárcere privado qualificado e estupro de vulnerável. O caso continua sendo investigado pela Polícia Civil.
Fonte: G1 (Foto: Polícia Civil/ Divulgação)