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Após denúncia de aluna trans, banheiro para pessoas não binárias é instalado em escola pública: ‘fiquei sem palavras’, diz

A jovem trans que denunciou ter sida proibida de usar o banheiro feminino da escola pública estadual onde estuda obteve uma conquista na luta contra pelos seus direitos. Nesta quarta (3), a Secretaria de Educação de Pernambuco informou que está sendo instalado na unidade um sanitário para apessoas não binárias, por sugestão da própria aluna, que tem 17 anos. “Fiquei sem palavras”, disse.

O termo não-binário é usado para fazer referência a pessoas que não se percebem como pertencentes a um gênero exclusivamente. Isso significa que sua identidade de gênero e expressão de gênero não são limitadas ao masculino e feminino.

A denúncia da jovem, que preferiu não ser identificada, ganhou repercussão na quinta-feira (28). Os colegas dela da Escola de Referência em Ensino Médio Professora Euridice Cadaval, emItapissuma, no Grande Recife, fizeram um protesto. Eles levaram pediram o fim da transfobia no ambiente escolar.

No dia seguinte, a jovem trans afirmou que não conseguiu prestar queixa na delegacia. Ela disse que foi “desencorajada” por agentes ao dizer que queria registrar o boletim de ocorrência.

Diante disso, a Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS) passou a investigar se houve infração de policiais que não prestaram o serviço solicitado pela estudante.

Também nesta quarta, a assessoria de comunicação da Secretaria Estadual de Educação informou ao g1, por telefone, que a decisão de instalar um banheiro “não binário” foi tomada após reuniões do conselho escolar.

Além disso, a secretaria informou que a jovem foi autorizada a usar o banheiro feminino da unidade, como tinha solicitado à direção desde o início.

Em entrevista ao g1, nesta quarta, a estudante disse que ainda não tinha sido comunicada sobre a instalação do banheiro para pessoas não binárias na escola.

“Você está me dizendo agora. Me pegou de surpresa. Que coisa boa. É realmente uma conquista”, declarou a estudante.

 

A jovem disse que na quinta (4) vai para a escola e pretende saber mais detalhes sobre esse direito assegurado pela direção da unidade.

A estudante disse, ainda, que na quinta também vai até até a delegacia para resolver as pendências sobre a queixa. Ela afirmou que optou por não fazer mais o boletim de ocorrência.

“A gente achou melhor não fazer isso. Vou lá para deixar tudo certo e aparar as arestas. Conseguimos resolver as questões com amizade”, afirmou.

Fonte: G1

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