Um tiroteio em uma escola de ensino fundamental no Texas, Estados Unidos, deixou ao menos 15 mortos nesta terça-feira (24), disse em entrevista coletiva o governador do estado, Greg Abbott.
O incidente foi registrado na escola Robb Elementary, na cidade de Uvalde, a 130 km de San Antonio e o suspeito pelos disparos também morreu no local, segundo as autoridades americanas.
14 crianças do 2º, 3º e 4º ano e uma professora morreram no ataque. A escola, uma “elementary school”, recebe alunos de 5 a 10 anos.
O criminoso foi identificado pelas autoridades como Salvador Roma, de 18 anos. Não há, até a última atualização desta reportagem, informações sobre as motivações do ataque.
Além das mortes, ao menos 13 estudantes deram entrada em um hospital da região com ferimentos e o banco de sangue da cidade fez um pedido para doações.
Uma criança e uma mulher de 62 anos precisaram ser transferidas para uma cidade vizinha, para um centro de saúde especializado em traumas.
Tiroteio na escola
No começo da tarde, por volta do meio dia, a polícia de Uvalde respondeu a um chamado na escola de ensino fundamental Robb Elementary.
Eles isolaram a área e pediram que os pais dos alunos aguardassem a liberação e entrega organizada dos estudantes em um local seguro.
Nos EUA, o ano letivo termina em junho, quando começam as férias de verão, e a escola Robb Elementary estava em sua última semana de aulas.
Cada vez mais comum
Tiroteios em massa têm se tornado mais comuns nos EUA e o número de casos como esse tem aumentado nos últimos anos.
Em 2021, foram 34 ataques em escolas, o maior número registrado desde 1999 – quando iniciou a série histórica –, segundo levantamento do jornal “The Washington Post”.
Não há um balanço oficial do governo americano que registre o número de ataques com armas em escolas do país.
Desde que assumiu a presidência dos EUA, Joe Biden tem advogado contra a venda de armas e pede maior controle federal sobre o tema.
Há duas semanas, um atirador matou 10 e deixou 3 feridos em um supermercado da cidade de Buffalo, no estado de Nova York.
No ano passado, Biden chegou a apresentar uma proposta limitando o acesso, mas o assunto no país é bastante polarizado e o direito de portar armas está na 2ª Emenda da Constituição americana.
Sempre que o estado tenta controlar o acesso a este tipo de equipamento, grupos lobistas recorrem à Justiça para derrubar a decisão.
Fonte: G1 (foto:Foto: REUTERS/Marco Bello)