Ao menos 4 mil pessoas tiveram de abandonar suas casas na Argentina e no Uruguai, vizinhos do Brasil, devido a inundações após chuvas intensas e cheias de rios nas últimas semanas, informou a CNN.
No Uruguai, há desalojados em nove estados nas fronteiras com o Brasil, Argentina e em outras áreas do país. Na Argentina, pelo menos 12 municípios, nas fronteiras com o Brasil e Uruguai, estão em alerta para evacuação.
O Sinae (Sistema Nacional de Emergências do Uruguai) informou que 2.845 pessoas foram evacuadas. O estado uruguaio mais afetado é Paysandú, fronteiriço com a Argentina, onde 1.173 pessoas estão desalojadas. As enchentes também expulsaram pessoas de casa na fronteira com o Brasil, incluindo os estados de Artigas, Cerro Largo e Rocha, além de áreas do interior do país.
O Sinae alerta que as inundações afetaram as produções que estão em época de colheita – soja, arroz, milho e cana-de-açúcar e frutas.
Na Argentina, 579 pessoas foram evacuadas, sobretudo em Concórdia, a mais afetada pelas inundações, localizada na província de Entre Ríos, na fronteira com o Uruguai. Forças Armadas, bombeiros e outros órgãos trabalham para resgatar os moradores e levá-los a centros de realocação, informou a prefeitura.
Ainda segundo a CNN, Concórdia continua sob alerta para possível aumento do nível do Rio Uruguai, que nasce na divisa entre Santa Catarina e o Rio Grande do Sul. A preocupação é com uma cheia ainda maior ao sul da Barragem de Salto Grande, ao norte de Concórdia e na fronteira com o Uruguai.
Na província de Corrientes, que faz fronteira com o Rio Grande do Sul, as cheias dos rios Riachuelo e Uruguai inundaram seis cidades. Paso de los Libres, na fronteira com Uruguaiana (RS), e Santo Tomé, vizinha de São Borja (RS) estão entre os municípios afetados. No total, 400 pessoas tiveram de sair de casa em Corrientes, segundo o Sinagir (Sistema Nacional para a Gestão Integral do Risco e Proteção Civil).
A previsão é de que o nível da água demore muito para baixar. Na última inundação, levou entre 30 e 45 dias para que as pessoas pudessem retornar às casas.
Fonte: Sampi / JCNET (Foto: Reprodução/Red Climática Mundial/Facebook)