Dois detentos do Centro de Progressão Penitenciária (CPP 2) de Bauru (SP) precisaram passar por cirurgias para retirada de drogas e produto eletrônico do intestino que eles engoliram durante o benefício da saída temporária, conhecida como “saidinha”, de Corpus Christi. O objetivo seria introduzir esses produtos no presídio na volta da saída temporária.
Um deles ingeriu 53 porções de maconha e, após a cirurgia, segue internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Base (HB), mas não corre risco de morrer. O outro preso ingeriu um minicelular e já recebeu alta médica após o procedimento cirúrgico.
O CPP II de Bauru registrou desde o último dia 20, início do retorno da “saidinha”, quase 30 casos de detentos flagrados pelo escâner corporal com imagens suspeitas no corpo tentando entrar na unidade com drogas e produtos de telefonia móvel.
No total, foram aprendidos 16 minicelulares e mais de 400 porções de drogas, entre maconha e cocaína.
Os detentos flagrados no escâner foram isolados na enfermaria do presídio e a maior parte conseguiu expelir os objetos, sem a necessidade de encaminhamento ao hospital. Sete deles, porém, precisaram ser levados para unidades de saúde da cidade.
Além dos dois que passaram por cirurgia, quatro foram medicados e expeliram os produtos ilícitos naturalmente. O sétimo detento ainda aguarda para ser submetido a procedimento cirúrgico para retirada de drogas do intestino.
Entre os presos que ficaram na enfermaria do CPP 2, um expeliu 112 porções de cocaína e dois minicelulares. Foram aprendidos, ainda, sete invólucros de maconha com outro detento, que também engoliu oito saquinhos plásticos contento cocaína e dois minicelulares.
Além das drogas e aparelhos de telefonia, os agentes de segurança apreenderam dois chips e um fone de ouvido com os demais detentos.
Sacola arremessada
Um dos presos foi descoberto no momento em que arremessou uma sacola para o interior da unidade prisional. Na bolsa foram apreendidos três celulares, três baterias, seis chips, dois carregadores e um fone de ouvido.
O mesmo interno também confessou que havia ingerido 24 porções de maconha e 25 de cocaína. Após permanecer na enfermaria, ele conseguiu expelir os entorpecentes.
As drogas e os aparelhos telefônicos apreendidos foram encaminhados à Polícia Civil para registro de boletim de ocorrência.
Um cão farejador pertencente à Penitenciária de Pirajuí (SP) ainda ajudou os agentes na apreensão de drogas e celulares encontrados na estrada de acesso ao estabelecimento penal.
O cão da raça pastor belga ajudou a localizar 261 porções de maconha, 11 de cocaína, além de um celular e duas baterias.
A direção da unidade instaurou procedimento interno disciplinar, que deverá culminar com a regressão dos detentos flagrados com produtos ilícitos do regime semiaberto para o regime fechado.
Fonte: G1 (Foto: SAP/Divulgação)