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Veja o quanto você vai pagar de IPVA em SP em 2026

Faltam poucos dias para o réveillon e, com a virada do ano, também chegam as contas de janeiro. Como acontece todos os anos, a Sefaz-SP (Secretaria da Fazenda e Planejamento de São Paulo) já liberou a consulta do valor venal dos veículos, base usada para o cálculo do IPVA 2026 no estado.

Os valores já podem ser consultados no Sistema de Veículos (Sivei), disponível no site da secretaria. Para acessar, basta ter uma conta gov.br e informar a placa do veículo. O imposto começará a ser cobrado na rede bancária nas próximas semanas.

O cálculo do IPVA 2026 leva em conta um levantamento feito pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), que considerou 13.571 modelos e versões de veículos de todas as marcas. Os preços usados como referência são os praticados no varejo entre setembro e outubro de 2025. Na comparação com o mesmo período de 2024, houve valorização média de 2,51%, o que impacta diretamente o valor final do imposto.

Quem paga e quem é isento

Hoje, a frota registrada no Estado de São Paulo conta com cerca de 30,1 milhões de veículos. Desse total, 19,2 milhões estão sujeitos ao pagamento do IPVA em 2026. Outros 9,9 milhões são isentos automaticamente por terem mais de 20 anos de fabricação.

Além disso, cerca de 1 milhão de veículos não pagam o imposto por se enquadrarem em regras específicas, como táxis, veículos de pessoas com deficiência, entidades sem fins lucrativos, igrejas, veículos oficiais e ônibus urbanos.

Elétricos de fora da isenção

Além da definição das alíquotas, 2026 mantém a atual política de incentivos ambientais do Estado. Veículos 100% elétricos seguem pagando IPVA em São Paulo, regra que entrou em vigor em 2025 e continua válida em 2026, mesmo que não faça muito sentido dentro da política do governo que prioriza veículos classificados como de “menor impacto ambiental”.

A cobrança dos elétricos decorre do Projeto de Lei nº 1.510/2023, proposto pelo governo estadual e aprovado pela Assembleia Legislativa de São Paulo. Com isso, permanecem com isenção apenas os veículos movidos a hidrogênio e os híbridos que combinam motor elétrico com motor a combustão flex movido a etanol, desde que o valor do veículo não ultrapasse R$ 250 mil. Também seguem isentos ônibus e caminhões movidos exclusivamente a hidrogênio ou gás natural, incluindo o biometano.

No momento do pagamento, as regras variam conforme o veículo já esteja em circulação ou seja zero quilômetro. Para os usados, há desconto para pagamento à vista em janeiro e possibilidade de parcelamento. Já os veículos novos seguem prazos próprios, contados a partir da emissão da nota fiscal.

Quanto vou pagar de IPVA em SP em 2026?

O valor do IPVA corresponde a um percentual aplicado sobre o valor venal do veículo, definido pela Fipe. Em São Paulo, a alíquota varia conforme o tipo de veículo: 4% para carros de passeio, 2% para motos e utilitários leves, 1,5% para caminhões e 1% para veículos de locadoras.

Na prática, um carro avaliado em R$ 80 mil terá IPVA de R$ 3.200, enquanto uma moto avaliada em R$ 15 mil pagará R$ 300. O valor final depende sempre do preço médio de mercado apurado no segundo semestre do ano anterior.

Para veículos usados, é possível pagar o imposto à vista em janeiro com 3% de desconto, optar pela cota única em fevereiro sem desconto ou parcelar. Já no caso de veículos zero quilômetro, o desconto de 3% vale para pagamento integral até o 5º dia útil após a emissão da nota fiscal, com possibilidade de parcelamento desde que a primeira parcela seja quitada em até 30 dias.

O parcelamento é feito sem desconto e varia conforme o valor total do imposto, calculado em UFESPs. Valores mais altos permitem divisão em até cinco parcelas. A primeira parcela vence em janeiro, conforme o final da placa.

O pagamento pode ser feito por Pix, internet banking, caixas eletrônicos, casas lotéricas ou cartão de crédito, sempre com o número do Renavam. Em caso de atraso, o IPVA sofre multa diária de 0,33%, além de juros de mora calculados com base na taxa Selic. Após 60 dias, a multa passa a ser fixa, em 20% do valor do imposto. A inadimplência impede o licenciamento do veículo.

Caso o carro ou a moto seja flagrado circulando sem licenciamento válido, o proprietário está sujeito a multa de R$ 293,47, sete pontos na CNH e remoção do veículo ao pátio, conforme o Código de Trânsito Brasileiro.

Fonte: Motor 1

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