Os corpos de 4 das 5 pessoas que se afogaram no Rio Tietê, na região de São Manuel estão sendo velados em uma escola municipal de Sumaré. O corpo do pai das crianças, localizado na tarde do domingo (25), deverá ser liberado do IML de Jaú, nesta segunda-feira (26).
Estão sendo velados na escola os corpos de Emily Camile Dias da Silva, de 3 anos; Nicolly Luize Dias da Silva, de 9 anos; Cynthia Silva dos Santos, de 25 anos; e Denise Aparecida Dias da Silva, de 51 anos (avó das meninas e mãe de Kervellin).
O sepultamento será nesta segunda-feira. Já o corpo de Kervellin Wallace da Silva, de 29 anos, encontrado por bombeiros na tarde do domingo, segue no Instituto Médico Legal (IML) de Jaú.
O afogamento das cinco pessoas da mesma família ocorreu na tarde de sábado (24), no Rio Tietê, no Baixão de Serra, em Mineiros do Tietê.
Os corpos das duas crianças, da mãe e da avó foram resgatados ainda no sábado, enquanto o pai das meninas foi localizado no domingo.
SOBREVIVENTE DE TRAGÉDIA DIZ QUE FAMÍLIA CAIU EM POÇO NO RIO.
“Difícil acreditar”, relatou Manoel de Oliveira, explicando que todos brincavam na água, na véspera de Natal, quando caíram em uma espécie de poço dentro do Rio Tietê. Eles possuem um rancho no “Baixão da Serra”, entre Dois Córregos e Mineiros do Tietê, e a expectativa era passar as festas de final de ano no local. “Está difícil acreditar no que aconteceu. Você ver pessoas pedindo socorro, e não conseguir”, afirmou.
Manoel era marido de Denise Aparecida Dias da Silva, de 51 anos, mãe de Kervellin Wallace da Silva, de 29 anos, e avó das duas crianças, Emily Camile Dias da Silva, de 3 anos, e Nicolly Luize Dias da Silva, de 8 anos. Cynthia Silva dos Santos, de 25 anos, era mãe das meninas. “Foi muito rápido, todo mundo encobrindo [pela água]. Estávamos brincando, água na cintura, crianças no colo. Era tipo uma praia, ventando um pouco. Não tinha um metro, um metro e vinte um do outro. Assim que afundamos, minha esposa tentou me dar a mão e empurrar a menina. Tentei tirar, mas não consegui. Só eu que sai”, contou Manuel.
Sobre o poço em que todos caíram dentro do rio, uma área mais profunda, Manoel contou que não havia nenhum aviso sobre o perigo. Ele narrou que após a tragédia moradores teriam afirmado que havia uma placa dentro da água. Ele ainda lamentou que apesar de se tratar de uma época movimentada, por conta das festas, de que não havia nenhum barco ou moto aquática próximo que pudesse ajudar no resgate. (G1/EPTV)