Uma operação policial constatou casos de maus-tratos durante uma fiscalização em abrigo de animais nesta terça-feira (11), em Garça (SP). Uma pessoa foi presa em flagrante.
(CORREÇÃO: ao publicar essa reportagem, o g1 errou ao informar que o abrigo tinha sido fechado após o flagrante de maus-tratos. O delegado que investiga o caso esclareceu que, na verdade, o abrigo continua funcionando, embora alguns animais tenham sido resgatados. A informação foi corrigida às 17h14)
De acordo com o boletim de ocorrência, no abrigo, que fica às margens da Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (SP-294), havia 60 cães adultos e parte foi encontrada em situação de aparente desnutrição, desprovidos de água potável, sendo que alguns necessitavam de atendimento médico veterinário.
O caso chegou ao conhecimento da Polícia Civil após denúncia recebida pela ONG Spaddes. Além dos animais, um homem foi encontrado no abrigo. Ele revelou que apenas cuidava do “local”, que era administrado pelo seu irmão, que é médico veterinário em Marília (SP), e mais duas veterinárias.
Segundo ele, os animais abrigados teriam sido recolhidos na rodovia, vitimas de maus-tratos e abandono, e repassados para os proprietários por força de um contrato celebrado entre eles e uma concessionária que administra rodovias na região.
A Polícia Científica realizou perícia no local e a Vigilância Sanitária de Garça, que esteve no local, constatou que o local funciona sem as autorizações legais de âmbito municipal.
O homem que estava no local no momento da fiscalização foi autuado e preso em flagrante, porém foi liberado após a audiência de custódia. O irmão não foi localizado e está sob investigação.
A pena para o crime de maus-tratos a animais é de dois a cinco anos de prisão, além de multa e perda de guarda.
Em nota, a concessionária informou que foi surpreendida com a denúncia. Disse também que técnicos foram até o local que abriga “os animais resgatados nas rodovias e o espaço está aberto para quem quiser visitar a qualquer momento”, diz o texto. Afirmou ainda que o contrato com o abrigo é recente e que o local é fiscalizado semanalmente e que falhas não foram identificadas nessas fiscalizações.
Fonte: G1 (Foto: ONG Spaddes/Divulgação)