O homem de 34 anos, acusado de ter agredido uma enfermeira de 36 anos dentro Maternidade do Hospital das Clínicas de Botucatu enquanto acompanhava a mulher que estava em trabalho de parto, no último dia 3 de fevereiro, negou as acusações e registrou um Boletim de Ocorrência contra a profissional, por injúria.
De acordo com o BO registrado pelo homem, ele discutiu com a enfermeira pela demora no atendimento da esposa, que estava em trabalho de parto. Segundo ele, a enfermeira começou a ofendê-lo, o chamando de “vagabundo”, “filho da puta”, “lixo” e afirmou que ele “não valia nada”, tudo na frente da esposa acamada. Após as ofensas, o homem disse que foi retirado do quarto e impedido de acompanhar a mulher.
A esposa, que estava em trabalho de parto, enviou à reportagem seu posicionamento sobre o ocorrido. “Fiquei 27 horas com a bolsa estourada. Fui atendida na chegada e apenas uma vez no quarto. Meu marido ficou duas horas tocando a campainha do quarto e não vinha ninguém. Eu queria uma cesariana, não tinha mais forças. Ele ia nos corredores não achava ninguém. Quando achou, estava explicando o caso e a enfermeira veio chamando ele de mentiroso, falando que estava me dando atenção, sendo que a ela eu nem tinha visto. Ela apontou o dedo na cara do meu marido. Ele empurrou o dedo dela, tirando do rosto dele. Eu estou traumatizada por culpa daquele lugar. Temos duas testemunhas que podem confirmar e contar o que viram”, narrou a mulher.
Versão da enfermeira
A enfermeira de 36 anos disse que estava trabalhando na maternidade, por volta das 6 horas da manhã, quando foi atender uma mulher em trabalho de parto. Neste momento, o acompanhante da mulher, um homem de 34 anos, que estava “aparentemente impaciente” pela demora no atendimento, acertou um tapa na mão da enfermeira e foi para cima dela, para agredi-la fisicamente, fazendo ofensas verbais.
O HC
A Assessoria do HC emitiu uma nota:
“O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB) esclarece que nosso Departamento Jurídico já foi notificado do caso. A servidora foi atendida pessoalmente e orientada pela equipe.
O HCFMB reitera que está apurando os fatos e à disposição da servidora e demais autoridades para colaborar com o que for necessário.”
Fonte: Jornal Leia Noticias