UPA do Bela Vista entendeu que o paciente deveria ser encaminhado ao IML
Com hematomas nos membros superiores e inferiores, lesões pelo corpo e a língua lacerada, o detento do Centro de Progressão Penitenciária 2 (CPP 2) de Bauru Osni de Oliveira, 35 anos, foi conduzido por uma ambulância, na noite da última quinta-feira (21), à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Bela Vista, onde morreu seis horas depois, na madrugada de sexta (22).
Por conta das circunstâncias, o óbito foi comunicado à Polícia Civil, que registrou o caso como morte suspeita. Também consta do boletim de ocorrência (BO) que, ao dar entrada na unidade de saúde, o reeducando apresentava convulsões e sangramento ativo em mucosa oral.
Profissionais da UPA entenderam, então, que o corpo deveria ser encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para exames periciais, sendo que apresentava ainda aparente fratura no tornozelo e estado de coma nível 3 na escala de Glasgow (o mais profundo).
Um agente do CPP2 informou à autoridade policial que, na noite da última quinta-feira (21), foi avisado por presos do pavilhão habitacional 1, que o sentenciado estava aparentemente convulsionando, o que foi constatado na sequência pelos próprios profissionais.
Oliveira foi conduzido à UPA, mas durante o trajeto continuava se debatendo. Por essa razão, os agentes precisaram segurá-lo para evitar novas lesões, aponta o documento feito na delegacia. À Polícia Civil também esclareceram que o detento retornara da saída temporária na última segunda-feira (18), sem que tivesse passado por revista no scanner corporal, procedimento realizado por seleção aleatória ou se o ‘portal’ indicar algo, consta do BO. (Jcnet)