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a primeira da cidade

Em um mês, cartórios de Bauru registram mais de 10 doadores de órgãos; veja como se cadastrar

Passados 30 dias do lançamento da Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos (AEDO), disponibilizada pelos Cartórios de Notas de Bauru em parceria com o Poder Judiciário, 13 pessoas já realizaram o cadastro.

O documento digital passa a certificar oficialmente a vontade da pessoa em ser um doador de órgãos e está disponível em plataforma nacional para os profissionais de Saúde.

O interessado pode manifestar e oficializar a sua vontade por meio do documento oficial, feito online em um Tabelionato de Notas diretamente pela plataforma na internet.

Segundo dados levantados pelo Colégio Notarial do Brasil – Conselho Federal (CNB/CF), entidade que reúne os 8.344 Cartórios de Notas brasileiros, já foram feitas 1.612 solicitações no Estado de São Paulo. Em âmbito nacional já foram mais de 4.574 pedidos em todas as 27 unidades federativas do país.

“Em menos de um mês em ação, o projeto já solucionou pedidos em todo o país e tem atraído grande interesse de pessoas que desejam doar órgãos”, ressalta André Medeiros Toledo, presidente do CNB/SP.

“Colaborar para salvar vidas e oferecer esperança para quem precisa de um gesto simples de compaixão, mas que transforma a realidade de quem aguarda na fila por um órgão”, completa.

Documento digital

Regulamentada pela Conselho Nacional de Justiça (CNJ), e disponível gratuitamente para toda a população, a AEDO feita em cartório pode ser consultada, via CPF do falecido, pelos responsáveis do Sistema Nacional de Transplantes, do Ministério da Saúde diretamente na Central Nacional de Doadores de Órgãos.

A iniciativa, que busca ajudar as mais de 20 mil pessoas que atualmente aguardam na fila por um transplante de órgãos no estado de São Paulo, pode ser solicitada digitalmente em qualquer um dos cartórios de notas do Brasil.

Para realizar a Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos, o interessado preenche um formulário diretamente no site, que é recepcionado pelo cartório de notas selecionado. Em seguida, o tabelião agenda uma sessão de videoconferência para identificar o interessado e coletar a sua manifestação de vontade.

Por fim, o cidadão e o notário assinam digitalmente a AEDO, que fica disponível para consulta pelos responsáveis do Sistema Nacional de Transplantes. A plataforma está acessível 24 horas por dia, 7 dias por semana, de qualquer dispositivo com acesso à internet.

Na plataforma, o cidadão pode ainda escolher qual órgão deseja doar – medula, intestino, rim, pulmão, fígado, córnea, coração ou todos. O documento pode ser revogado a qualquer momento pelo solicitante.

Transplantes no país

No Brasil, a maioria das pessoas na fila única nacional de transplantes aguarda a doação de um rim, seguido por fígado, coração, pulmão e pâncreas. Somente no ano passado, três mil pessoas faleceram pela falta de doação de um órgão. Atualmente, mais de 500 crianças aguardam por um novo órgão.

Pela legislação vigente, quem autoriza a doação em caso de morte encefálica é a família do cidadão, que precisava estar ciente da intenção da pessoa em doar seus órgãos e/ou tecidos.

Com a AEDO esta manifestação de vontade fica registrada dentro de uma base de dados acessada pelos profissionais da Saúde, que terão em mãos a comprovação do desejo da pessoa que morreu para apresentar à família.

Fonte: G1 ( Foto: Reprodução/TV Globo)

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