O homem de 54 anos que teve o rosto desfigurado após uma agressão em Piraju (SP) pode ficar com danos cerebrais por causa dos ferimentos na cabeça, conforme a família dele relatou.
“Durante as agressões, parte do crânio dele rachou e isso pode acarretar em danos cerebrais. O médico já explicou que, se sobreviver, ele terá sequelas como a perda de visão. Ouvir o diagnóstico foi triste demais” , conta a irmã da vítima, Christiane Franco.
O caso foi registrado na noite de quinta-feira (17), quando Roberto Carlos Barbosa foi encontrado desacordado dentro de casa, com bastante sangue e sinais de espancamento.
Os bombeiros foram chamados e levaram o homem até o pronto-socorro de Piraju. Depois, Roberto foi transferido para o Hospital de Rubião Júnior, em Botucatu, onde passou por várias cirurgias.
Enquanto ele recebia atendimento médico, equipes policiais realizaram perícias e encontraram três pedaços de pau, com vestígios de sangue, na casa da vítima.
Com a ajuda de testemunhas, a Polícia Civil chegou até o suspeito de ter cometido a agressão: o colega de quarto de Roberto.
“Meu irmão tem três filhos e se separou há pouco tempo. Ele estava morando sozinho, mas por questões financeiras, decidiu dividir o aluguel com esse homem, que veio de Campinas. Ele jamais ia imaginar que isso poderia acontecer”, explica Christiane.
Conforme o registro policial, o homem foi localizado e conduzido à delegacia. Em depoimento, ele alegou ter tido uma discussão com a vítima anteriormente em um bar e que a esperou dormir para agredi-la. Após ser ouvido, o suspeito foi liberado.
“Esse colega de quarto confessou o crime e mesmo assim foi liberado. Não consigo entender e me conformar. A situação é revoltante. O que falta para ele ser preso? A morte do meu irmão?, desabafa a irmã da vítima.
Um boletim de ocorrência foi registrado como lesão corporal, mas a Polícia Civil informou que pode mudar a tipificação do crime no decorrer das investigações.
As equipes também disseram que aguardam o laudo pericial e não deram mais detalhes sobre as diligências.
Fonte: G1