Preso dentista suspeito de abusar de paciente com leucemia no hospital das clínicas

A Polícia Civil de Botucatu por meio de equipes da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), prendeu preventivamente, na noite desta segunda-feira (5), em um condomínio de apartamentos, um dentista de 47 anos suspeito de estuprar uma adolescente de 16 anos, em tratamento contra leucemia, nas dependências do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB). Após cumprimento do mandado de prisão, que foi acompanhado por seu advogado, ele permaneceu à disposição da Justiça.

Conforme divulgado pelo JC, o caso, que teria ocorrido no último dia 27 de março, chegou ao conhecimento da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Botucatu apenas no dia 31, quando o pai da paciente procurou a unidade para registrar um boletim de ocorrência (BO). O homem contou que a filha foi diagnosticada com leucemia e que estava internada há 15 dias no Departamento de Oncologia do HC para tratamento.

No dia 27, ao visitar a adolescente, segundo a Polícia Civil, o pai foi informado por um enfermeiro que ela teria relatado violência sexual por parte de um dentista. A paciente alega que o profissional a levou até uma sala, trancou a porta e passou a acariciar o seu corpo e a roçar a barba no pescoço e no rosto dela. Pelo fato de o local estar fechado, ela disse que encontrou dificuldades para se desvencilhar do agressor.

A DDM instaurou inquérito para apurar o crime de estupro, analisou imagens do circuito de segurança e colheu o depoimento da adolescente por meio de escuta especializada. “É um caso de extrema gravidade. Ela foi internada para ser cuidada. Nós vamos investigar os fatos com todo o rigor da lei”, ressaltou o delegado seccional de Botucatu, Lourenço Talamonte Netto, na ocasião. O nome do suspeito não foi divulgado pela polícia em razão de o caso estar sob apuração.

Afastado

Por meio de nota conjunta, o HCFMB e a Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar (Famesp) informaram na época da denúncia que, assim que tomaram conhecimento dos fatos, afastaram imediatamente o profissional citado e adotaram todas as medidas administrativas e judiciais cabíveis.

“O HCFMB e a Famesp repudiam, de forma veemente, qualquer forma de assédio, abuso ou violência em suas dependências. Tais condutas são incompatíveis com os valores da instituição e com o compromisso assumido na assistência à população”, diz a nota.

“O caso está sendo investigado pelos órgãos competentes. A paciente está sendo acompanhada por uma equipe multiprofissional do HCFMB, que segue prestando toda a assistência necessária, mantendo-se à disposição da família e colaborando integralmente com as autoridades”. (Jcnet)

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