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Vereadora registra BO após suposta invasão a computador em gabinete da Câmara de Bauru

A vereadora de Bauru (SP), Estela Almagro (PT), registrou, nesta terça-feira (31), um boletim de ocorrência para denunciar uma suposta invasão ao computador do seu gabinete na Câmara Municipal.

Segundo a parlamentar, ao ligar a máquina na manhã desta terça-feira, a foto de um homem aparecia como ‘papel de parede’, na área de trabalho. A imagem em questão é de Walmir Henrique Vitorelli Braga, suspeito de contratar um hacker.

A vereadora é tida como uma das possíveis vítimas do ataque cibernético. Peritos da Polícia Civil estiveram no gabinete dela e levaram o computador para análise.

Na segunda-feira, a vereadora já havia protocolado uma ação junto ao Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) para que seja investigada uma suposta invasão de hackers a contas de vereadores de Bauru na internet.

Dentre as possíveis vítimas dos ataques cibernéticos estão, além de políticos, o jornalista da cidade Bauru, Nelson Itaberá. O caso está sendo investigado, mas corre em segredo de justiça.

De acordo com o Ministério Público de São Paulo (MP-SP), a representação já foi distribuída aos promotores, que irão definir se abrem investigação ou não sobre o caso.

Hacker contratado?

Na última quinta-feira (26), a Comissão de Fiscalização e Justiça da Câmara de Vereadores de Bauru também protocolou um pedido de apuração da conduta do assessor parlamentar Walmir Braga, suspeito de contratar o hacker para monitorar adversários políticos.

Walmir é assessor do deputado estadual Paulo Corrêa Júnior (PSD) e cunhado da prefeita de Bauru, Suéllen Rosim (PSD). Segundo o documento enviado à Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), em 2021, ele teria contratado um hacker para invadir as redes sociais de políticos e adversários.

Preso na Sérvia

O hacker em questão é Patrick César da Silva Brito, preso pela Interpol na Sérvia. Ele passou a ser investigado depois que o e-mail de Dilador Borges (PSDB), prefeito de Araçatuba (SP), foi invadido, em dezembro de 2020.

Em nota, a vereadora Estela Almagro disse que a denúncia “denota latente afronta ao estado democrático de direito e exige apuração no rigor da lei.”

O jornalista Nelson Itaberá afirmou que o caso “é um ataque não apenas à pessoa dele, mas à sociedade de modo geral e especialmente à imprensa.”

A prefeita Suéllen Rosim disse que nunca se envolveu em atos de espionagem e que medidas judiciais serão adotadas diante de qualquer insinuação que a ligue a esses fatos.

Já o advogado do hacker disse que não pode dar detalhes do processo porque o inquérito está em segredo de Justiça. Até a publicação desta reportagem, não houve retorno do assessor parlamentar Walmir Braga, nem do deputado Paulo Corrêa Júnior.

Fonte: G1 (Foto: Polícia Civil/Divulgação)

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