Novas imagens obtidas pela EPTV, afiliada da TV Globo, mostram o jovem Leonardo Silva, de 18 anos, lavando a casa onde Nilza Costa Pingoud, de 62 anos, foi morta e enterrada em Barretos (SP).
Silva, que confessou ter matado a mulher por vingança após ser demitido por ela depois de ser contratado para serviços domésticos, além de ter debochado do crime, foi preso temporariamente na quinta-feira (3) em Frutal (MG) e responde por latrocínio, ou seja, o roubo que envolve morte como resultado.
Além de levar o celular da vítima, de acordo com as investigações, ele movimentou dinheiro da conta bancária da vítima e comprou uma moto nova.
Depois de ser mantido preso na Cadeia de Colina (SP), ele deve passar por uma audiência de custódia nesta sexta-feira (4), o que pode definir a expedição de um mandado de prisão preventiva, ou seja, que mantém o investigado detido até o julgamento.
Em parte das fotos, extraídas de câmeras de segurança, é possível ver que o suspeito estava na casa de Nilza no dia 29 de julho, por volta das 6h40. O piso está molhado e o jovem usa um rodinho.
Segundo a Polícia Civil, essas imagens foram gravadas depois que Nilza foi morta depois de ser asfixiada com um fio e reforçam a hipótese de que o autor havia premeditado o crime e tinha consciência do que estava fazendo.
“Entendemos que havia uma consciência muito plena, já que ele planejou esse crime, chegou em Barretos em data anterior, planejou como iria ingressar na residência, aguardou a vítima acordar para matá-la, depois cavou a cova, adquiriu materiais para cavar essa cova, depois de cavar a cova lavou a garagem deixando o ambiente limpo”, afirma o delegado Rafael Faria Domingos.
A morte e as investigações
Nilza foi encontrada morta e enterrada no jardim da própria residência na segunda-feira (31), no bairro Los Angeles, em Barretos.
Vizinhos estranharam o fato de o imóvel estar trancado e não virem a moradora há quase uma semana. Um deles tinha a chave da casa e um investigador da Polícia Civil foi ao local, onde percebeu a terra do jardim no quintal da residência remexida e, ao verificar, encontrou o corpo da vítima.
O celular de Nilza não foi encontrado no local, e o crime inicialmente passou a ser investigado como um roubo seguido de morte, o latrocínio.
Vizinhos da vítima afirmaram que um homem em atitude suspeita que se identificou como sobrinho dela e morador da cidade de Planura, na região do Triângulo Mineiro, foi visto há cerca de uma semana na porta do imóvel.
A partir de uma análise de imagens das câmeras de segurança, um rapaz de 18 anos, que chegou a viver nos fundos da casa de Nilza, foi identificado como suspeito pelo crime e teve a prisão temporária decretada na quarta-feira (2).
A causa da morte de Nilza ainda deve ser confirmada por laudo pericial, mas a informação inicial apurada é de que ela foi asfixiada com um fio depois de ser surpreendida pelo autor em um cômodo da casa dela.
A Polícia Civil ainda apura a possibilidade de envolvimento de outras pessoas no crime.
Fonte: G1 (Foto: Reprodução)