O cabo/PM Hech, que trabalhava anteontem com a escolta de presos, em Piracicaba, registrou ocorrência contra uma advogada que, segundo ele, o hostilizou por causa da prisão de outra advogada.
Esta última foi presa na quarta-feira (15), pela Polícia Civil de Capivari, durante uma operação de combate ao crime organizado. O mandado é de prisão preventiva, a qual foi mantida em audiência de custódia.
Tudo começou porque a advogada presa, que é considerada “especial”, foi transportada no popular “chiqueirinho” da viatura, o que causou indiginação em outros profissionais da área.
Porém, o militar explicou que conforme as diretrizes da Polícia Militar do Estado, o procedimento é correto e foi exposto aos advogados ali presentes. Ela também não estava algemada.
Mas, quando houve uma exaltação de ânimos, de acordo com o cabo/PM, e como a presa estava numa sala separada, ele anunciou que ia por as algemas.
Foi quando, segundo consta no Boletim de Ocorrência, outra advogada lhe disse: “você não passa de um PM de Ronda Escolar, tenho um irmão na Força Tática, conheço coronel que irá tomar ciência dos fatos e lhe punir”.
O advogado Max Pavanello, que é conselheiro secional da OAB São Paulo, disse que na audiência de custódia, foi pedido instauração de processo criminal e administrativo contra o cabo/PM e contra o tenente que endossou o transporte.
“Violar prerrogativas é crime então será apurada a conduta dele e também a sanção administrativa para ver se ele cometeu alguma infração disciplinar”, explicou.
Advogados, juízes e promotores têm direito a condições especiais, que inclui uma cela de Estado Maior. Como em Piracicaba não existe, a advogada ficou encarcerada no Batalhão de Polícia Militar de Piracicaba. (Gazeta de Piracicaba)